Letícia Adélia de Sousa Bolsista PIBIC/CNPQ/UFPA – GEDAI
Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA)
Orientadora: Dra. Ivânia dos Santos Neves
VÍDEO DE APRESENTAÇÃO
A carne mais barata do mercado é a carne negra
que vai de graça pro presídio
e para debaixo de plástico
que vai de graça pro subemprego
e pros hospitais psiquiátricos
que vai de graça pro presídio
e para debaixo de plástico
que vai de graça pro subemprego
e pros hospitais psiquiátricos
Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette
Desde criança, ouvimos, com certa frequência, enunciados do tipo: “lugar de mulher é na cozinha”, “mulher foi feita pra ficar em casa” dentre outros mais. Os discursos que eles colocam em circulação são misóginos, sexistas e afetam a existência e a capacidade de corpos femininos. Aqui neste trabalho, vamos tomá-los como um nó numa rede de memórias, que se liga ao passado e ao futuro.
Nesta perspectiva, vamos analisar o vídeo clip “Guilhotina”, da rapper paraense Nic Dias, uma mulher negra da periferia de Belém. Podemos observar nas letras das músicas uma reação aos processos de subalternização dessas mulheres. Tomaremos como referência teórico-metodológica as discussões propostas por Marielle Franco (2018) sobre sociologização da favela e alguns aportes de feminismo negro.
Das sufragistas a Bolsonaro: tecendo as redes de intersecções
No filme “As Sufragistas” lançadas em 2015, com autoria de Abi Morgan, direção de Sarah Grovan, e, produção de Allison Owen, Faye Ward, inspirado na história real da luta feminina em busca do direito ao voto (Movimento sufragista), podemos acompanhar o apagamento da luta das mulheres não brancas no movimento sufragista. A narrativa visibiliza o desrespeito aos corpos femininos e as relações de poder exercidas pelo patriarcado, que impede e limita a ascensão destas mulheres e apenas mulheres da classe média podem ser letradas.
Desde a primeira cena do filme, o desrespeito masculino diante das trabalhadoras, como fica explícito na fala dita por uma voz masculina que surge ao fundo da primeira cena: “As mulheres não tem a serenidade de espírito ou equilíbrio mental para exercer julgamentos em assuntos políticos”. Esta afirmação fundamenta-se no discurso androcêntrico, ainda bastante decisivo para estabelecer uma forma de vida subalternizada até hoje no século XXI. Como bem mostra o filme, além da luta para sobreviver a esse ambiente misógino, também era necessária a luta pela sobrevivência em um sistema de exploração no meio trabalhista.
O que levou as mulheres brancas da Inglaterra a sentirem necessidade de ter os “mesmos” direitos que os homens brancos? Maria Zina em “A luta das mulheres[1]pelo direito ao voto” diz que “Foi a percepção da sua ‘igualdade cristã’ que levou as mulheres a se consciencializarem da sua desigualdade civil: se como cristãs tinham[2]‘almas iguais’, como cidadãs deveriam ser, tal como os homens, também detentoras de direitos naturais e inalienáveis”. Com esta motivação, percebemos a força do poder pastoral durante o período do sufrágio -século XIX- e sua influência diante na sociedade e não podemos dizer que esta situação é tão diferente hoje.
Durante a campanha presidencial de Jair Bolsonaro, em 2018, o movimento “ELE NÃO” ocupou as ruas do país inteiro negando o discurso misógino e homofóbico que apoiava o então candidato. Mas a reação surpreende aos movimentos sociais e uma série de ações antifeministas ganhou destaque. O Movimento Mulheres com Bolsonaro também reuniu um número expressivo de mulheres, que passou dos 400 mil. Na imagem, podemos ver como os enunciados se inscrevem na mesma rede de memória da posição defendida no filme:
https://exame.com/brasil/brasil-nao-pode-ser-pais- do-mundo-gay-temos-familias-diz-bolsonaro/ |
O discurso feito por Jair Bolsonaro é de um conservadorismo puro de “proteção a família tradicional brasileira”, mas logo após essa fala, o atual presidente disse: “Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”. O falso discurso conservador serve apenas para violentar, invisibilizar e matar pessoas. Em suas atitudes agora já como presidente, ele banaliza a violência contra a mulher e aplaude o genocídio da população negra. Um combo de atrocidades preside o país.
De acordo com o Jornal BBC News Brasil, em 26 de fevereiro de 2019, nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil, enquanto 22 milhões (37,1%) de brasileiras passaram por algum tipo de assédio. Para Marielle Franco, hoje um símbolo da resistência da mulher negra no Brasil, havia uma espécie de desconhecimento da realidade das populações empobrecidas no meio político e ela problematizou a generalização do que é uma mulher favelada.
A gente cresceu a votação na favela. Do meu quantitativo de voto, mais de cinco mil votos foram no em torno da Maré. Em todas as urnas que o TSE apurou, teve 50777!
Eu fiz campanha paro o público em geral mesmo e defendendo, por exemplo, a mulher negra favelada com tudo que se tem: a mulher negra lésbica e favelada, a mulher negra mãe, a mulher negra solteira. Então, para as minhas amigas da igreja, elas votaram em mim pela confiança, pela relação, mas tem alguns temas, por exemplo, o formato de família mais ampla, das famílias homossexuais e não das famílias heterossexuais, eu tenho certeza de que elas discordam. Então, como elas votaram porque conhecem, tem gente que quando viu, na favela, as minhas pautas, disse “Não vou votar nisso aqui não! Mesmo ela sendo daqui!”. (FRANCO, 2017)
As mulheres negras não participaram do início do movimento feminista branco. Para Stephanie Ribeiro, “o poder racista também marcou a história do feminismo, apagando a participação de mulheres negras e asiáticas que naquela época eram triplamente oprimidas pelas questões de raça”.
É necessário o trabalho da decolonialidade para uma nova formulação da história. Nós, mulheres negras, sempre tivemos nossa história apagada, em muitas lutas e recontar toda essa história por outra narrativa é de extrema importância para que deixarmos “escuro” que também produzimos e também somos capazes de ser sujeitas de nossas histórias e também reivindicamos o feminino para essa designação. A partir do trabalho que desenvolveram com Verônica Tembé, uma importante liderança indígena do Pará, as autoras problematizam a palavra sujeito.
Não pretendemos, aqui, a condição de sujeitos do discurso, pois nem sabemos como se constitui esta posição nas fronteiras de diferentes universos culturais. Como seria este sujeito na cosmologia Tembé-Tenetehara? Então, a partir das nossas “mulheridades, destes lugares tão diferentes que nos reconhecemos como mulheres, dividimos com Verônica Tembé a posição de “sujeitas”, parceiras, interlocutoras, menos por uma perspectiva epistemológica e mais pelos novos contornos que os encontros com esta mulher provocaram em nossas vidas (NEVES & CARDOSO, 2017, p. 161-163).
Guilhotina: entre fraturas e resistência
A carne mais barata do mercado não tá mais de graça
O que não valia nada agora vale uma tonelada
A carne mais barata do mercado não tá mais de graça
Não tem bala perdida, tem seu nome, é bala autografada
Prepara o coração que eu vou escurecer
E pode dar piripaque
Rafael Mike
Quando pensamos na população negra paraense, intrinsecamente, é necessário pensar que aqui se respiram culturas indígenas e africanas, mas para, além disso, há um processo de embranquecimento com o discurso da morenidade. É importante perceber que a identidade negra real da região é fraturada, composta pelos negros que aqui foram escravizados, pelos indígenas, pelos nordestinos e baianos que migraram para a região em meados do século XIX. Falar sobre esse discurso é entender o espaço que a mulher negra amazônida ocupa territorialmente e culturalmente. É entender o que a Rapper Nic Dias fala, é entender dores e apagamentos.
O discurso colonizador marginaliza e silencia essas marcações de identidade. Os movimentos artísticos que carregam essas histórias, ancestralidades e afins, como as diversas batalhas de Rap em Belém, por exemplo, tem sido repetidamente reprimida pelas ações do dispositivo de segurança do Estado brasileiro. As batalhas de Rap nada mais são do que a população advinda majoritariamente da periferia, tomando seu lugar no espaço público para a disseminação de poesia e contando sua história.
Falar sobre a presença da mulher negra nas batalhas de Rap é falar sobre todas as estruturas que permeiam esses corpos: gênero, raça, classe, territorialidade interseccionalidades. É falar sobre a invisibilidade e (r)existência, na produção de arte, cultura, até a produção acadêmica. É necessário pensar o discurso por trás de cada letra, que são carregadas de vivências e processos históricos coloniais, racistas, machistas que fizeram e ainda fazem parte da estrutura desse país. Processos estes que vem a hierarquizar o que deve ser ou não considerado arte.
Nic Dias é mulher negra, nascida na periferia de Belém-PA. Fundadora e coordenadora do Projeto Social Olhar Invisível, atualmente está iniciando sua carreira no RAP, que nasceu da necessidade que ela sentiu (e sente) de compor sobre o que é ser uma mulher negra numa sociedade racista e sexista, da importância que se tem o protagonismo de mulheres negras no Hip Hop e também da denúncia das inúmeras violências sofridas pela comunidade negra no geral.
Em junho de 2019, om produção de Navi Beatz, Nic lançou o single “Guilhotina” exaltando a presença da mulher negra na sociedade e no rap e em abril de 2020, lançou “Baby Prince$$”, como dito por ela este single “representa um estado de espírito, ou como é falado no meio do rap “lifestyle”, que representa a força de vontade de levantar a própria autoestima e sobre mulheres negras se sentirem bonitas e empoderadas, mesmo com o bombardeio diário e excesso de cobrança sobre um padrão de beleza eurocêntrico”. Estes acumulam mais de 40 mil visualizações.
O vídeo clip Guilhotina, de Nic Dias, denuncia a condição de subalternidade, ao mesmo tempo em que anuncia uma posição de resistência, com vamos ver a seguir. “Quando não morremos por tiros tiram nossa alma”.
“Aprendendo na dor e pele/Que sorriso nenhum ensina/Na infância os amigo morrer/ Tudo baleado em chacina”. Nestes primeiros enunciados, está exposto o quanto o período escravocrata modelou a estrutura racista deste país. Desde o início da colonização, os povos africanos só interessavam como mão de obra e, quando não serviam a este proposito pacificamente, eram exterminados. Os donos de escravos tinham o poder de vida e de morte sobre seus corpos. A violência nesse país tem cor e espaço social.
Na história do presente, em Belém do Pará, há registros de várias mortes impunes de jovens negros. No ano de 1994, 04 jovens executados no bairro do Tapanã, em 2011, a chacina no distrito de Icoaraci deixou 06 jovens mortos, em 2014, no bairro da Terra firme, 11 pessoas assassinadas em 2017, somente em uma noite, foram assassinadas 30 pessoas em diversos bairros periféricos da região metropolitana após um policial militar ter sido assassinado. Eternamente reféns de uma necropolítica que sempre encontra formas de atualização. É assim que se vive nas periferias do Estado brasileiro, “aprendendo na dor e pele” o que é ser negro, o que é ser periférico.
Ainda nos dias de hoje, 132 anos da pós-abolição da escravatura, o Brasil ainda acarreta a desigualdade social e sua relação intrínseca a questão racial. Marginalizando nossa cultura, nossa estética, e ainda tentando através do poder do estado silenciar tudo que vem da periferia. E o enunciado “Quero os kit mais caro e as joia no meu pescoço” vem dar de ombros com a tentativa de silenciamento. É a expressão de cobrança de reparação histórica, é a vontade de tomar de volta o que foi tirado da população negra.
“Filhos de Hitler, nós é Marighela/ Escolheu Barrabás no lugar de Jesus / Tô caçando um por um / Se depender de mim, prego vocês na cruz”. O Brasil foi conduzido por uma minoria que se afirmou como branca, classe dominante, que usava e continua usando o teor religioso e racista para justificar a condição escravocrata e afirmar seus privilégios. E assim, desde a colonização, a branquitude carrega em sua história o derramamento de sangue dos povos africanos e a estrutura racista do país.
O país que nasceu desta guerra, oriunda da violência sexual contra as mulheres negras que eram escravizadas, para embranquecer a sociedade, ainda hoje, permeia a ideologia da hegemonia de raça. Por isso, são descritos como “Filhos de Hitler” e de contraponto a este o “Nós é Marighela” representa a luta do movimento negro através da luta de classes contra o racismo e a desigualdade social.
“Chacina da Candelária / Cês nos deve até a alma / Na hora que nós for cobrar/ Num adianta vim pedindo calma!”. Em 23 de julho de 1993, Rio de Janeiro, oito meninos em situação de rua fuzilados em frente à igreja da Candelária, pela policia militar do Rio de Janeiro, mas estes acontecimentos não cessam e em 18 de maio de 2020, João Pedro, 14 anos, negro, foi assassinado dentro de casa com um tiro na barriga durante uma operação policial no morro do Salgueiro, São Gonçalo, Rio de Janeiro.
Dois relatos, momentos diferentes, motivos iguais. A marginalização da população negra que por uma política de Estado, esta a margem da sociedade. Há quem ainda pense que o racismo se dá apenas de forma individual, interpessoal, porém, a história demonstra que vai para além do âmbito individual. É estrutural e institucional.
Historicamente a população negra vive em condições muito inferiores em relação às pessoas brancas, mesmo quando comparadas as pessoas brancas e pobres, a situação ainda é inferior. O estado omisso não cumpre seu papel com políticas publicas para que derrube a barreira racial que culmina na segregação e na marginalização destes, perpetuando uma sociedade sem consciência social e fomentando a manutenção dos privilégios da branquitude. Sendo assim, o enunciado “Na hora que nós for cobrar num adianta vim pedindo calma!”, reflete exatamente o como a sociedade confunde a reação do oprimido com a do opressor, principalmente quando desenham o corpo negro como pessoas violentas quando estes cobram seus direitos, quando levantam a voz contra o racismo e afins.
“Na minha boca não há mordaça / Minha escrita é uma ameaça
Nos livros queimados, a história / Na pele preta eu trago a vitória”. A mordaça remete a uma das histórias mais conhecidas no período colonial do Brasil, a da Escrava Anastácia. Outrossim, é importante frisar que o que está sendo chamado de “mordaça” tem de ser visto para além do objeto físico e faz alusão ao silenciamento e à censura.
Nos livros queimados, a história / Na pele preta eu trago a vitória”. A mordaça remete a uma das histórias mais conhecidas no período colonial do Brasil, a da Escrava Anastácia. Outrossim, é importante frisar que o que está sendo chamado de “mordaça” tem de ser visto para além do objeto físico e faz alusão ao silenciamento e à censura.
O assassinato de Marielle Franco, em 14 de março de 2018, faz parte deste processo de apagamento das mulheres negras. Em uma de suas falas mais indignadas, na Câmara de Vereadores, Marielle afirmava: “Não serei interrompida, não aturo interrompimento dos vereadores desta casa, e não aturarei de um cidadão que vem aqui e não sabe ouvir o posicionamento de uma mulher eleita”. O assassinato de Marielle carrega o discurso de silenciamento de mulheres negras e periféricas, esse crime vai para além da violência urbana, é um crime político que tem como alvo todo um movimento de resistência.
“Rap sujo América latina / Cada verso é uma guilhotina / Os desinformados num tem respeito /Eu vou te lembrar, o hip hop é preto!” Estes enunciados demarcam o quanto o rap/hip-hop tem sua história marginalizada universalmente e no Brasil não é diferente..
Desde o início do Estado brasileiro, várias estratégias foram usadas para embranquecer o povo, na tentativa de apagar toda e qualquer manifestação cultural da população negra. “500 anos de opressão” Embranqueceram orixás como Iemanjá, São Jorge entre outros, tentam silenciar batuques, marginalizam o movimento hip-hop/rap, marginalizaram a pele preta.
Em 2020, o Brasil é o 7º país mais desigual do mundo. É o mesmo país que negligência educação, mata a juventude preta “por engano”, usa da “meritocracia” para manutenção dos privilégios da branquitude e continua negando o que é nosso por direito constitucional. Educação. O ministro da educação, Abraham Weintraub, expressa exatamente o que é o Estado brasileiro em uma fala sobre o Exame Nacional do ensino médio, este que é a única porta de entrada para as universidades públicas do Brasil: “Não é para atender injustiças sociais, é para selecionar os melhores”.
“Mulheres pretas são lindas / Protagonistas da própria história / E pros comédia que dúvida / Cês vão lembrar da minha trajetória” Mulheres negras sempre estiveram no front como Harriet Tubman, Angela Davis, Rosa Parks, Marielle Franco, Thema Assis, entre tantas outras, mas muitas vezes foram apagadas. Ainda hoje, uma grande parte delas luta pela vida de seus filhos “Peitando os porcos fardados” e muitas vezes choram suas mortes. São as mulheres negras que movimentam as estruturas desse país, longe de serem “fraquejadas”. E “Morte a burguesia, lá vem rajada!” expressa a indignação, a revolta de ter o país regido por uma classe dominante que governa o Estado brasileiro com as mãos sujas de sangue, que veem na desigualdade meios para a manutenção de seus privilégios e extermina vários corpos negros. O Estado brasileiro é racista, misógino e elitista.
Não adiantou queimar os livros, não adiantou amordaçar, não adiantou tentar silenciar tantas mulheres negras. Cada uma destas mulheres negras; Anastácia, Marielle Franco, Nic Dias e tantas outras, trazem em suas histórias, dores, vivências e resistência que quebraram correntes e alcançaram espaços e pessoas. Elas são sementes. Vem delas e de todas as mulheres negras a sede de ocupar o que o estado negligenciou por tantos anos. “Na pele preta eu trago a vitória”
Referências
FRANCO, Marielle. Marielle Franco- 5 Minutinhos de Alegria. Entrevista concedida a Fernando Barcelos no para o Canal de YouTube 5 minutinhos de Alegria, em maio de 2017a. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=gf07wv6jZdw> Acessado em 17/08/2018, às 10h.
[1]ABREU, Maria Zina- “A luta das mulheres pelo direito ao voto”; movimento sufragista; pág 446
[2]RIBEIRO, Stephanie- Explosão Feminista; Feminismo Negro
Época- Movimento sufragista ou parte dele
ALMEIDA, Cássia – Jornal “O globo” assédio no trabalho
Leticia Adélia de Sousa, mais conhecida como Leticia da Cabanagem.
Amazônida, periférica, apaixonada pela potência das/os adolescentes. Ocupa espaços de construção para que outras/os irmãos de pele possam ocupar. É através do trabalho entre pares, da comunicação popular, do empoderamento que esses espaços são construídos. Articuladora na “Agência Jovens Comunicadores da Amazônia” levando e facilitando o acesso a informações. Membro do Conselho Consultivo Jovem do Unicef, estudante de licenciatura em Ciências Sociais e Jovem articuladora no grupo “Adolescentes Mobilizadores da Amazônia”. Foi também representante Paraense no “II Congresso Brasileiro de Enfrentamento á Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”, representante brasileira/Amazônida no evento dos “30 años de los derechos del niño” em Santiago, Chile e• Representante paraense no encontro de adolescentes sobre “30 anos da Convenção do Direito da Crianca” em Brasilia, DF.E foi a partir do projeto “Empodera Manas” que participou enquanto adolescente que percebeu a importância do protagonismo, da defesa dos direitos humanos, dos direitos da criança e do adolescente, e da importância com indivíduo nesses espaços.”