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Ivânia Neves encerra programação do Sepa com a conferência: “Necropolítica Linguística, Dispositivo Colonial e as Estratégias de Resistência da Língua Tembé-Tenetehara”

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A professora Dra. Ivânia Neves, coordenadora do Gedai, realizou a conferência de encerramento do XVI Seminário de Pesquisas em Andamento (SEPA), evento que faz parta do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/UFPA), e que tem o objetivo de apresentar o andamento das pesquisas desenvolvidas pelos discentes do Programa.

A conferência de encerramento aconteceu no dia 25 de setembro, no auditório do PPGL. Professora Ivânia falou sobre “Necropolítica Linguística, Dispositivo Colonial e as Estratégias de Resistência da Língua Tembé-Tenetehara”.

Em sua conferência, a professora apresentou os trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores do Gedai, em diferentes materialidades: impresso, audiovisual, artigos acadêmicos, livros. Explicou sobre a necropolítica, conceito desenvolvido por Achille Mbembe que se baseou “no conceito de biopolítica desenvolvido por Michel Foucault, nos seus estudos sobre como o corpo é investido de poder”, explicou.

Também explicou sobre a importância da língua para se manter viva uma sociedade. No Brasil houve, e ainda há, o governo do corpo e das línguas indígenas. Na década de 1940 e no período da ditadura militar, as línguas indígenas no Brasil foram proibidas. Houve o processo de se instituir a língua portuguesa como a “correta” e a única a ser apresentada nas escolas. “Se o corpo não é útil para o poder, a língua também não é. A morte da língua é a morte de uma sociedade”, explicou Ivânia.

Porém, como nos explica Foucault, onde há poder também há resistências! Professora Ivânia mostrou as resistências indígenas para a preservação de suas línguas. E citou a experiência de uma liderança indígena que criou a sua própria aldeia, onde todos falam a língua de seu povo e a escola também a ensina. A conferência terminou com a exibição da animação “A História de Zahi”, dirigida por Otoniel Oliveira.

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