RESUMO: A primeira parte da dissertação está voltada para o percurso da pesquisa junto às sociedades amazônicas. A pesquisa consistiu de um extenso levantamento bibliográfico sobre a região e em um trabalho de campo que aconteceu em duas etapas no Marajó das Florestas, às margens do rio Tajapuru, no município de Melgaço-Pa. Na segunda parte, as materialidades que analisamos relativas à história do presente, nesta região, são narrativas registradas em trabalhos pedagógicos e etnológicos, a segunda parte, produzida no trabalho de campo realizado com uma equipe do GEDAI, são narrativas orais contadas por moradores ribeirinhos do rio Tajapuru, coletadas em janeiro de 2012. O objetivo consistiu em analisar como estas narrativas, com suas dispersões e regularidades, dialogam com uma memória Tupi, que encontrou formas de resistências no cotidiano das sociedades marajoaras contemporâneas. A posição e o lugar que a pesquisa assume, a partir da orientação teórica da Analise do Discurso, especialmente os estudos sobre identidade e história, de base foucaultiana, permitiu ser possível, sim, pensar em uma memória discursiva Tupi, em suas dispersões e regularidades presentes nas narrativas de narradores ribeirinhos, apesar das relações de poder que implicam a nomeação do seja ser “ribeirinho” na Amazônia Paraense.
Palavras-chave: Colonialidade; Mediações; Discursos; Melgaço.
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