Ivânia dos Santos Neves
RESUMO: As literaturas indígenas, mesmo antes da colonização, sempre foram bastante heterogêneas. Atualmente, na América do Norte, por exemplo, os escritores indígenas produzem romances bilíngues, mas, no Brasil, a literatura escrita está em fase inicial. Este artigo analisa duas narrativas indígenas sobre o nascimento das estrelas e da lua, com suas diferentes versões, contadas por mulheres Suruí-Aikewara e Tembé-Tenetehara. A discussão teórica coloca em relevo questões relacionadas à pós-colonialidade, às temporalidades de diferentes universos culturais, à autoria e às possibilidades de tradução envolvendo a oralidade, a escrita e o audiovisual.
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