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AS MORTES DE SENHORITA ANDREZA: modos de acionamento das colonialidades

  • por

Guilherme Guerreiro Neto
Universidade Federal do Pará
Raissa Lennon Nascimento Sousa
Universidade Federal do Pará
Vívian de Nazareth Santos Carvalho
Universidade Federal do Pará

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os modos de acionamento das colonialidades (QUIJANO, 2005, 2009, 2014; MALDONADO-TORRES, 2007; LUGONES, 2014) no limiar entre a existência e as mortes sociais de Senhorita Andreza, mulher negra da periferia de Belém (PA) que se tornou “celebridade” repentina e, meses depois, acabou assassinada. Como as colonialidades atuam no processo de visibilização de sujeitos subalternizados? A partir dessa questão-problema, o caminho metodológico segue a análise de quatro acontecimentos-chave e seus desdobramentos no período de exposição pública da imagem de Andreza, entre janeiro de 2016 e abril de 2017, tendo excertos midiáticos como empiria. As colonialidades que atravessam a visibilização de Senhorita Andreza se apresentam nas formas de 1) celebrificação pela via do risível e julgamento público, 2) criminalização, escárnio e racismo institucional, 3) presença fora do lugar na disputa político-partidária, 4) assassinato e negação do luto. Há, portanto, uma visibilização desumanizante, uma visibilidade incompleta, que não garante reconhecimento.

PALAVRAS-CHAVE: Colonialidade; Visibilização; Morte social; Senhorita Andreza.

Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/atura/article/view/9669

 

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