RESUMO: No período de Julho de 2012 a janeiro de 2013, a pesquisa analisou sistematicamente observações de perfis ativos e de suas respectivas postagens no interior site da rede social de internet Facebook, de duas usuárias que assumem identidades indígenas: Sonia Bone Guajajara e Índia Ticuna Weena Miguel. A dissertação procurou mostrar como o funcionamento deste site de relacionamento contribui para a construção de identidades e como seus usuários, que são sujeitos históricos, colocam em circulação diferentes discursos sobre o que é ser mulher e o que é ser indígena na web. Tomou-se como referências teóricas para discutir identidades, a definição de sujeitos históricos formulada por Michel Foucault (2005), que propõe uma análise das condições de produção históricas dos discursos. Também orientou a pesquisa os estudos de Stuart Hall (2006), que compreende as identidades como processos cambiantes e mais especificamente para discutir a definição de mulher. Procurou-se ainda fundamentar nos estudos de gênero baseados nas pesquisas de Judith Butler (2010), que propõem uma reconfiguração sobre as identidades de gênero na compreensão de diferentes concepções do que seja uma mulher. Para analisar os enunciados visuais produzidos pelos perfis das duas indígenas, fundamentou-se nos referenciais da semiologia dos detalhes, referente ao paradigma indiciário de Ginzburg (1989), a semiologia histórica e a definição de intericonicidade proposta por Courtine (2005 e 2011).
Palavras-chave: Povos Indígenas; Mídias Sociais; Intericonicidade
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