A partir da perspectiva da linguagem, este livro joga luz nas relações de poder no âmbito acadêmico, visibilizando a língua como uma potente linha de força do dispositivo colonial. Tais implicações ultrapassam o contexto universitário, visto que materializa a histórica exclusão racial dos povos originários por meio do não reconhecimento de suas línguas e suas cosmologias. A discussão deste livro traz contribuições para o campo teórico, mais fortemente com as ideias “racismo linguístico”, “colonialidade linguística” e “dispositivo colonial”, além de se alinhar às lutas contra as injustiças sobre os povos indígenas no Brasil, compreendendo a permanência na universidade numa relação direta com seus modos de resistir. Esta obra é essencial para a discussão sobre a universidade pública brasileira, a diversidade de corpos que nela tem conquistado acesso nos últimos anos e a língua atravessada pela colonialidade, enfocando-a nas necessárias políticas para os povos originários dentro e fora da universidade.

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É professora Adjunta C da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), na Faculdade de Educação do Campo e no Programa de Pós-Graduação em Letras (Poslet). Doutora em Letras/Estudos Linguísticos (UFPA), tem atuado academicamente na área dos estudos linguísticos, mais tenazmente na Análise do Discurso, na interface com temas como colonialidade e relações étnico-raciais. Presidiu (em 2021) comissão para construção de políticas afirmativas de acesso e permanência para indígenas e quilombolas no ensino superior da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), além de coordenar pesquisas e projeto de extensão na articulação entre gênero, raça e diversidade na Amazônia.

Flavia Marinho Lisbôa

Sobre a autora

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