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Tese | Língua como linha de força do dispositivo colonial: os Gavião entre a aldeia e a universidade

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FLÁVIA MARINHO LISBÔA

Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará como requisito para obtenção do título de doutorado em linguística.

Orientadora: Prof. Dra Ivânia dos Santos Neves

RESUMO

O presente trabalho propõe uma reflexão sobre o papel da língua nas práticas sociodiscursivas da universidade, como instituição de materialização das normatividades hegemônicas do dispositivo colonial, para a permanência de alunos indígenas Gavião dos grupos Parkatejê, Akrãtikatejê e Kyikatjê na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Formulou-se uma ferramenta teórico-metodológica a partir dos Estudos Pós-Coloniais (especialmente Walter Mignolo, Aníbal Quijano, Catherine Walsh e Àngel Rama) e da análise do discurso arquegenealógica de Michel Foucault, fundamentalmente na noção de “dispositivo”, também com a colaboração da leitura de Neves (2009, 2015) sobre o dispositivo foucaultiano, que resultou na proposta de “dispositivo colonial”. As quatro linhas (Visibilidade, Enunciação, Subjetividade e Força) desenhadas por Deleuze (2006) para o dispositivo de Foucault é outra influência estrutural na tese, das quais tomou-se duas (Subjetividade e Força) para apresentar as oscilações do funcionamento do dispositivo colonial na universidade ao longo da história e a partir da entrada de indígenas em função das ações afirmativas nos últimos dez anos. Dentro dessas linhas, observou-se que o perfil hegemônico da universidade é tensionado com a presença indígena e a língua se apresenta como a linha de força, costurando as práticas discursivas que garantem as normatividades do dispositivo colonial nesse contexto.

Palavras-chave: Amazônia. Análise do Discurso. Ações Afirmativas. Graduandos Indígenas. Dispositivo Colonial.
Leia o trabalho completo, clique aqui.



Sobre a autora:

Docente na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Doutora em Letras/Estudos Linguísticos (UFPA) com tese sobre a língua na interface com a colonialidade e com os estudos discursivos com Foucault. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (UNIFESSPA), onde defendeu dissertação envolvendo Análise do Discurso e propaganda eleitoral. Especialista em Ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa (UFPA). Graduada em Letras – Língua Portuguesa (UFPA). Membro do Grupo de Estudo Mediações, Discurso e Sociedades Amazônicas (GEDAI-UFPA) e do Grupo de Estudos em Linguística e Formação Docente (GELFOR-UFRA), além de compor o Núcleo de Educação e Diversidade na Amazônia (NEDAM-UFRA). Currículo Lattes.

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