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Defesa de Mestrado de Allan Carvalho

Dia 24 de agosto, às 19h, o compositor, pesquisador e produtor musical Allan Carvalho, defendeu sua dissertação, intitulada “Margem 5”.  O trabalho é fruto da pesquisa realizada no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (PPGARTES-UFPA). A defesa foi muito especial e contou com instalação artística, exibição de vídeo, performance, foto varal e apresentação musical. O evento aconteceu na Vila Lima, 1963, no bairro do Guamá.

Banca de Avaliação  – Olando Manesky, Alexandre Siqueira e Ivânia Neves

“Dia 24.08 reservou um encontro muito importante em meu trajeto artístico. Foi mais um passo acadêmico em prol da arte do lugar onde moro e nasci. A dissertação representa a confluência entre dois estudos que venho adensando dentro do universo musical popular brasileiro, um sobre os pregões de rua e outro sobre a vida e obra de Ary Lobo (artista paraense que teve sucesso nacional entres as décadas de 50 e 70), possibilitou a experimentação de mais um passo criativo em meu trajeto acadêmico, enquanto artista e pesquisador. Desta vez, começo narrando um memorial poético, onde acompanho, em meio ao universo dos anúncios de venda e de paisagens sonoras, a visita sui generis deste nosso saudoso intérprete, que volta de uma margem suspensa no tempo para rever a sua terra natal, Belém do Pará. Um território de memórias e afetos atemporais é acionado para que andarilho Ary Lobo repise, finalmente, as ruas de sua cidade, ou passeie na cidade que forjei para este momento. Pelo caminho, as vozes de seu povo, os pregões de ruas que tanto habitaram sua discografia, os relatos de familiares, as minhas lembranças cruzadas às suas. Assim, as minhas duas pesquisas se cruzam e fazem surgir, em uma esquina que mora na minha saudade, o encontro da Rua dos Pregões com a Rua Ary Lobo, revelando neste enquadramento de cidades, real e memorial, a fresta de uma quinta margem, um portal que pode ter cada um de nós, em nossas profundas lembranças, do lugar que nos inaugura e nos identifica. Como resultado deste devaneio, uma instalação artística multilinguagem, projetada a partir de um tabuleiro de pamonha, reverbera as vozes e as luzes de um cinema que nos transcende e restaura as imagens de nossas vidas” – Allan Carvalho.

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